CASO MARCO AURÉLIO COMPLETA 40 ANOS SEM RESPOSTAS E FAMÍLIA SEGUE EM BUSCA DE VERDADE
O desaparecimento do escoteiro Marco Aurélio Simon, ocorrido em 8 de junho de 1985, no Pico dos Marins, em Piquete (SP), completa 40 anos neste domingo. Mesmo após décadas de buscas e investigações, o caso permanece sem solução e segue como um dos mais intrigantes desaparecimentos do Brasil.
Na época, Marco Aurélio tinha 15 anos e participava de uma expedição com um líder escoteiro e mais três colegas. Durante a subida à montanha, um dos integrantes do grupo se feriu, e Marco Aurélio se antecipou para buscar socorro. Desde então, nunca mais foi visto.
BUSCAS INTENSAS E NENHUM VESTÍGIO
As buscas iniciais duraram 28 dias, com o envolvimento de mais de 300 pessoas, incluindo bombeiros, policiais, mateiros e voluntários. A região foi minuciosamente vasculhada, mas nenhum objeto, peça de roupa ou vestígio humano foi encontrado.
As investigações foram oficialmente encerradas em 1990, sem nenhuma conclusão definitiva. Ao longo dos anos, diversas hipóteses foram levantadas, incluindo fuga, acidente ou crime, mas nenhuma pôde ser confirmada.
TECNOLOGIA RECENTE FOI UTILIZADA
Nos últimos anos, novas tentativas de investigação foram feitas. Em 2022, duas áreas foram novamente exploradas. Em 2023, drones com radar de penetração no solo identificaram cinco possíveis locais de escavação. No entanto, nenhum material biológico foi localizado.
Em abril de 2024, a Polícia Técnico-Científica realizou novas buscas com o uso de sensores e inteligência artificial. Embora uma nova área tenha sido isolada e analisada, o material coletado não apresentou traços genéticos.
FAMÍLIA MANTÉM ESPERANÇA
O pai de Marco Aurélio, o jornalista Ivo Símon, nunca abandonou a esperança de encontrar o filho. Ao longo de quatro décadas, percorreu cidades, acompanhou cada fase da investigação e recebeu apoio de centenas de pessoas.
“São 40 anos, 15 mil dias pensando no que ainda posso fazer. Nunca houve uma prova material do desaparecimento. Por isso, sigo acreditando que ele possa estar vivo”, afirmou Ivo em entrevista à TV Vanguarda.
Para o irmão gêmeo, Marco Antônio Simon, a hipótese de fuga está totalmente descartada. Segundo ele, o comportamento do irmão e as circunstâncias da expedição não sustentam essa teoria.
CASO AINDA É INVESTIGADO
Apesar do tempo, o caso segue em investigação pela delegacia de Piquete, com apoio de tecnologias avançadas e esforços renovados. A família continua na esperança de que um dia, mesmo após 40 anos, a verdade venha à tona.